segunda-feira, 26 de abril de 2010

ENSAIO ABERTO: AS PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE DRÁCULA


(fotos de Renata Teixeira)

Cheguei as 17h. D'Lou já estava presente. Anita chegou pouco depois. Thays Soares e Letícia um pouco depois - Letícia é uma antiga aluna do tempo do Studio Arte & Dança: muito bom revê-la mais linda e inteligente, menina!
Marcos chega, enfim e corre para o fundo para montar cenários e adjacências, enquanto eu e D'Lou colocamos a trilha sonora dividida em dua mídias.
O elenco vai chegando aos poucos. Orbacam chega acompanhado de Pam, um encanto de pessoa - possivelmente uma artista também. Renata Teixeira chega com sua gang: Fernanda e Guerreira  (não lembro o nome da moça, desculpa, Guerreira!). Um pouco depois, as duas estarão ajudando a colar a tampa do caixão de papelão com cola quente e ouvindo minhas piadas pervertidas sem perder a esportiva. Ótimas, as meninas da gang da Teixeira. Aliás, Renata trouxe o note book para exibir suas fotos - o que não deu muito certo porque eu fiz um planejamento falhado e esqueci de pedir o note book do Hayashi para a tal exposição digital.

O elenco se atrasa e demora para se aprontar - se fossem mais rápidos, teríamos mais tempo para ensaios e acertos. Precisamos de mais uma conversa séria sobre isto? Acho que depois do ensaio aberto, eles vão saber valorizar mais o tempo que temos juntos para criar.

No mais, o rotineiroe inesperado:  lampadas queimam, coisas quebram, o som não funciona direito. Tudo dá errado no primeiro momento. Ótimo: não nos prendemos ao arame: estamos prontos para voar.
Poucas pessoas. Parentes, namorados e alguns amigos valiosos. A apresentação começa com apenas dez minutos de atraso - o que é um recorde se tratando do AD.
Algumas pessoas parecem não entender bem o que acontece. Com certeza alguns não leram o programa:

O ENSAIO ABERTO Desde janeiro estudamos e ensaiamos –mas isto não foi suficiente. Veteranos e iniciantes lado a lado no processo de criação. Difícil criarmos juntos, complicado escutar o próximo, horrível socializar numa época globalizada onde é cada um por si. Sempre achamos nossa visão correta: aprendemos a enxergar a partir de nossos defeitos. Partimos do egoísmo proposital até a colaboração mutua e espontânea. Algumas pessoas ampliaram limites, outras surpreenderam – poucos desistiram. Agora nos resta um último componente no espetáculo inacabado: o público. No ensaio, cenas voltam, são discutidas, criadas. Divertido. Às vezes, tenso. Não se preocupem: estamos criando! Depois desta noite, poderemos enfim finalizar a montagem – até a próxima apresentação, ao menos, quando novos horizontes se tornarão possíveis. Divirtam-se!

Durante duas horas, ensaiamos de fato. Marcos me parece muito duro em alguns momentos, mas decido não interfirir em suas reações. Anthéia, afobada por natureza, é quase levada a loucura. Acho que ela não sabe o quanto é dificil seu personagem. Faço-lhe o elogio merecido. O ensaio segue. André é paciente, original e ganha a simpatia do público com seu bom humor e sua educação exemplar - tirando os palavrões que ele inseriu na cena do navio, que vai render-nos uma censura de 16 anos. Tudo bem: a cena está ótima.

Interrompemos o ensaio as 22:35. Leandro Calado está presente. Peço que fale ao elenco. As observações do comediante são enriquecedora a todos. É hora de encerrar antes que algum desafortunado abra a boca e fale sobre o que não sabe. É neste momento que Luara (que sempre fala demais!) diz que quer escutar as outras pessoas do público. Um artista de rua (que não entende muito lá de teatro pelo jeito) diz algo sobre espelho e verossimilhança. Eu e Marcos rebatemos com educação.  Com pressa de encerrar aquela conversa antes que alguém mais abrisse a boca indevidamente, encerrei a atividade e cometi um erro terrivel ao não citar Alexandre D'Lou e Renata Teixeira, que cuidam do registro do espetáculo: desculpem, amores: não acontecerá novamente!

É incrivel como todo mundo entende de teatro, construção de personagem e coisas assim sem ter estudado, passado por processos. E mais incrivel ainda é existir atores que não buscam seus personagens em si, mas desejam que os outros digam como ele deve ser. Porra! Se o personagem é meu, eu tenho que buscá-lo, não esperar que alguém o resolva por mim! A maioria das pessoas que dizem saber, não sabem. Leandro Calado é correto em seus comentários: sabe até aonde os atores podem ser ajudados e até que ponto o que parece ser um erro é, na verdade, um detalhe estético que foi mantido pelo diretor. No mais, Leandro sabe que há coisas que não interessam ao público: por isto, fala em particular com boa parte do elenco.

Alugado mais do que devia ser - as pessoas confundem generosidade com uma chance de se aproveitar do conhecimento alheio - Leandro ainda fica por ali me contando suas novas experiências artisticas e seus trabalhos atuais.

Das pessoas que a opinião interessavam, também estava presente Alexandre Santo da Cia. Realúdica, que teve que ir embora mais cedo. Hoje, abro meu orkut e encontro seus comentários:

"Claudemir fui ver o dracula porém não fiquei até o fim
na verdade fiquei só no começo, tive que sair. Porém o que vi gostei muito , vcs estão de parabens . Seu trabalho esta crescendo cada vez mais , isto mostra a sua inquietação em busca do melhor, isso é fundamental para o artista. E vc sabe disso. Vc é ousado e sabe fazer muito bem o que propõe fazer! Pensei umas coisas , e se me der esta liberdade posso soltar para vc ver se faz sentido ou não.  
Continuando . Cara eu até sonhei com o Dracula rsrsrs. Foi louco. Só que era tudo feito ao céu aberto , um lugar cinematografico, mas tudo de chão de terra vermelha!! E o Dracula não aparecia, ficava só o suspense rsr.

Bem pensei umas coisa mas eu penso pq penso de mais. Se achar qeu pode servir eu falo. nada de incrivel, apenas bobas sugestões!
parabens!! Alias adorei as intervenções suas e do marcos rsrs...Bem isso faz parte tb das sugestões que daria rss!
inté. parabens! "

Ter um retorno dos artistas locais sobre nosso trabalho me deixa muito feliz. Até porque eles entenderam a proposta inicial do espetáculo e elogiaram, ao mesmo tempo que notaram alguns erros e comentaram com todo o cuidado que devem ter neste caso.

Uma coisa que me deixou contente, foi terem notado a influência do cinema em nossa estética, o que é um diferencial no trabalho do grupo. Ouvi coisas como "parece cinema', "isto é cinema" e "cinema puro!".

Acredito que o espetáculo está em um bom caminho, e as pessoas confirmaram isto.
Agora, nos resta a  estréia e a primeira temporada de Drácula. Até o momento, as coisas estão controladas. Mas sei que é só um começo. Ainda há muita estrada pela frente!

14 comentários:

  1. Pediu para que comentássemos e cá estou eu.
    Ouvi comentários muito bons com relação ao nosso trabalho, Roseli(minha mãe) e Lethicia(minha prima), gostaram e disseram-me que o grupo trabalha muito bem junto.
    Ouvi porém, certas críticas sobre a trilha sonora, não a trilha em si, mas o volume que ela se encontrava, comentaram que ela estava certas vezes muito alta em horas que não cabia, no entanto que a trilha combinava muito com a peça, e reanimava o clima de suspense que a peça pedia. com alguns comentários, não concordo, no entanto, os escuto e guardo aquilo que me tem utilidade.
    O show continua, e com ele virá o conhecimento e o aperfeiçoamento. Jamais quero parar de aprender com este grupo maravilhoso que me fez tão bem.

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  2. Cá estou eu para comentar também, eu gostei muito do que vi, fiquei bastante empolgado, tanto que o Claudemir comentou que fui um pouco duro em alguns momentos, mas isso foi pq eu estava gostando do jogo, e quando a bola começava a baixa, eu queria dar um esquenta para que isso não acontecer.
    Os atores se portaram muito bem, me surpreendi em varios momentos, como se eu nunca tivesse visto, a sacada das lobas no biombo ficou show, a Michelle estava um verdadeiro homenzinho, os personagens ficaram bem coerentes, mas ainda não estão 100%, continuem estudando sempre, estas personas ainda tem muito a evoluir, o joga em cima do palco esta entrando nos eixos, agora temos que rever as atitudes e o profissionalismo fora dele, temos que escolher o q queremos para nossas vidas, ser artistas de verdade que participam de corpo e alma a um trabalho coletivo fazendo um espetáculo de verdade para o público, ou ser mais uma "estrelinha" de 60w que mais hora menos hora vai queimar e quando ficar queimada vai para o lixo, creio que estamos lidando com artistas de verdade, verdadeiros seres criadores e não "chupins".
    Fora magoas guardadas e passadas, ao meu ver o ensaio aberto saiu melhor q a encomenda.
    Parabéns a todos.
    inté

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  3. Thays, como o nome diz, era um "ensaio aberto" onde tudo estava sendo testado, sobre tudo a trilha sonora e sua altura. Era tudo um teste. Sobre comentários. É legal que o publico goste ou não, mas é importante saber quem escurtarmos. Há opiniões que devem mesmo ser descartadas. outras devem ser ouvidas. todas devem ser refletidas: as vezes errados podemos ser nós.
    Bjs, pequena.

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  4. Foi muito bom o ensaio aberto de sábado.
    Ouvi muitos comentários bons e gostei das críticas do Calado, acho que ajudou muito na reflexão do personagem. Achei muito bacana ele ir conversar com cada ator e apontar um parecer interessante sobre a atuação.
    Gostei dos "esquentas" do Marcos, deu um gás na peça, pois ele é ativo e mostra um lado diferente no tratamento e no ritmo da cena.
    Esse ensaio realmente foi um ponto de reflexão para tudo que deve ser melhorado e conscientizado. E um ponto de partida deste grande espetáculo rumo ao sucesso!
    Somos todos Um!
    Estou aprendendo muito a cada dia com cada pessoa! e estou adorando fazer parte deste grupo!

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  5. "Cara eu até sonhei com o Dracula rsrsrs. Foi louco. Só que era tudo feito ao céu aberto , um lugar cinematografico, mas tudo de chão de terra vermelha!! E o Dracula não aparecia, ficava só o suspense rsrs." Claudemir Santos, rs, acho que esse lugar enigmático do sonho de seu colega não seria Paranapiacaba? rs. Enquanto lia este sonho, vi perfeitamente o local, e como já lhe disse, seria interessante!

    Gostei muito do ensaio, aconteceram coisas que nem nos ensaios pelos quais participei aconteceram, incrível. Mas fiquei muito triste com algumas atitudes de alguns do elenco, e como você mesmo disse, somos um grupo e temos que agir e trabalhar como tais.
    E não devemos ficar colocando nossos colegas em situações desnecessárias. Mas enfim, PARABÉNS a todos e que esse ensaio por qual passamos seja também um ensaio para vida, pois nele aprendemos a levar as coisas que nos serão boas e essenciais para o resto de nossas caminhadas.
    Abraços ao grupo e desejo crescimento a todos, em todas as questões que nos são aproveitáveis.

    Obrigada por gostar das fotos, Thays. Fico realmente lisonjeada e feliz!

    Renata Teixeira.

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  6. "Me surpreendi em varios momentos, como se eu nunca tivesse visto" (Idem Marcos)
    Por vezes arregalei os olhos, aplaudi e senti vontade de gritar (huhuuu) de tanta empolgação.
    Na pressa não dei parabéns a nenhum ator, em especial à Michelle, que na coxia com seus olhos serenos e observadores não demonstrava nem um tantinho do que nos aguardava.
    O figurino dos atores em geral foi elogiado também Michelle, logo na sequêcia Claudemir respondeu a Leandro Calado de quem era o mérito.
    Dedicação: crescimento pessoal e artistico está visivel.
    Algumas coisas precisam ser analisadas com carinho, outras com paciência.

    Aprendam a amar a arte em vocês mesmos, e não vocês mesmos na arte.
    Konstantin Stanislavski

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  7. OLá, caríssimos.
    Eu sou a "simpatia de pessoa" a quem você se refere na postagem. Fico feliz pelo cuidado e carinho. Blogueira assumida, deixei meu site oficial para escrever tolices e assim prefiro. Sou poeta, contista e artista plástica. Assisti atentamente ao ensaio aberto. Como Orbacam sempre diz, "gosto que você assista o processo de criação e os ensaios, você é detalhista, seu olhar é apurado". Enfim, não acompanhei o processo de criação nem os ensaios, mas foi notável o talento do grupo, alguns atores me chamaram a atenção. Os parabenizei pessoalmente. A peça prendeu minha atenção. Geralmente quando a qualidade não é boa eu durmo e nesse dia isso não aconteceu. Apenas alguns detalhes me incomodaram, como processo técnico de teatro de sombras, um alguns figurinos femininos (os masculinos estão perfeitos, quanto personagem), o contraste entre o clássico e o expressionismo (nada contra essa parceria , entretanto talvez o expressionismo em sombra fosse cabível), as entradas através do pano do sombras quebra um pouco o encanto do técnica durante a peça (para o público), e ainda é perceptível a busca do texto "no ar" em determinados momentos, nada que não possa ser trabalhado e refinado com tempo. Concordo com a fala do ator solicitado a prestar seus comentários, embora ele foque o olhar para sua técnica de trabalho (quase inevitável). Discordo contigo quando destinou a fala naquele momento final apenas aos profissionais. O ensaio era aberto e a opinião do público era essencial para acertos finais. Você perdeu uma ótima oportunidade para esses pequenos acertos. Esse é o principal objetivo do ensaio aberto, mas cada um tem seu ponto de vista singular a respeito do assunto. O meu é "nunca menosprezar seu público". Sem mais blá blá blá, sou perfeccionista, sei disso e sei o quanto isso é chato, porém resumidamente, agora, posso lhe dizer que me agradou a qualidade do trabalho dos artistas, a construção, embora eu não tenha acompanhado o processo criativo e a idéia. Parabéns a todos. Sucesso na estréia e sempre.
    Abraçares e beijares,
    Pam
    http://www.pampoeta.blogspot.com

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  8. Eu não menosprezo o público: apenas não me interesso por suas manifestações que querem ir além do seu julgamento pessoal (palmas ou vaias). A idéia do "ensaio aberto" foi de "making of". Queria que algumas pessoas que estão subindo ao palco pela primeira vez experimentasse a presença do público antes da conclusão da peça. Em nenhum momento tive a intenção de abrir um diálogo com o público, até porque acho um saco ficar escutando nego arrotando erudição ou asneira - o que dá na mesma pra mim.
    Mas como o comediante Leandro Calado estava presente, achei de bom grado para os atores escutar alguém que trabalha uma linguagem diferente da nossa - e ele foi muito coerente em suas falas, respeitando os atores sem expo-los e parabenizando a todos sem fazer distinção entre "revelações" e medianos. Como saber quem é mediano se ele não acompanhou o processo individual na arte de cada um? Apenas nós sabemos quem cresceu e quem deixou de crescer; uma palavra errada de um espectador desavisado jogaria merda no ventilador. Por conhecer Calado, seu profissionalismo e sua ética desprovida do maldito ego dos artistas (odeio "artistas" e seus egos exarcebados!), bem sabia que ele iria expor seus comentários sem interfirir em nosso processo de criação.

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  9. Sobre perder oportunidades e coisas destes tipo que muito enriqueceriam minha alma, conhecimento e coisas assim: não vejo erro nenhum em não escutar o público.
    Gente demais estraga, opinião demais desfigura. No mais, é desimportante.
    Nosso trabalho não está aberto a piteco de ninguém que não conhecemos - aliás, tem gente que conhecemos bem, e aí é que não interessam mesmo!!!
    Não sou algo dentro de um tubo de ensaio, aberto a análises cientificas, empiricas, achismos ou concepções revolucionárias de mentes brilhantes ou gentios mediocres.
    Ao público cabe gostar ou não gostar. O resto não importa. Vivemos em um mundo onde todos são técnicos de futebol, eximios politicos, conhecedores da arte teatral e magnificos criticos literários - mesmo jogando mal, não administrando nem a própria vida, nunca escrito nada e nunca subido a um palco.
    Julgar o trabalho artistico alheio é algo banal e inútil - porém divertido no bar. Na exposição do trabalho, posso ofuscar a visão do outro espectador que tem olhos diferentes do meu graças ao meu desejo de acrescentar algo em um universo que não me pertence. Este tipo de atitude me parece muito bem ilustrada em "O pato Selvagem" de Ibsen.
    Jamais saberei o que a criação do outro significou para ele realmente: vale o que significa pra mim, a partir da minha concepção de mundo - e não vejo vantagem alguma em querer nutrir o mundo alheio com minha opinião. Gosto ou não gosto, e que viva a diversidade - a não ser, é claro, que a opinião seja pedida, como pedi a Calado por confiar e conhecer.
    Palavras não definem uma alma. "A melhor explicação de amor não vale um beijo", diria Machado de Assis, certeiro! E os grandes best sellers, as grandes bilheterias e a admiração banal à entretenimentos televisivos bem me revelam o gosto do público e suas opiniões peculiares baseadas em seus conhecimentos artisticos. Não, por favor: poupe-mem destas bobagens - quem quiser que o faça do jeito que desejar e não me encha o saco com sua visão pessoal que não muda minha vida; apenas a caceteia.
    No máximo, desejo a opinião de pessoas cujo o trabalho eu conheço e sinto um certo respeito e admiração.

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  10. O espetáculo tem muito que melhorar. Sempre terá. "Drácula" não é (e possivelmente nunca será) perfeito. Até porque nosso interesse não é perfeição, mas sim a descoberta.
    "Drácula" possui profissionais e iniciantes, pessoas que sobem ao palco pela primeira vez e buscam algo novo. Pessoas que em breve podem estar trabalhando em outros setores, tendo como recordação apenas aquele momento que pra ela foi mágico, mesmo que para o outro tenha sido banal. Ninguém tem o direito de destruir isto. A descoberta aqui não caminha para a busca da perfeição. Aqui, a descoberta é a busca, o movimento constante.
    A opinião confiável de Calado me é muito cara justamente por ele mostrar uma visão diferente de tudo, olhar nosso universo através do dele: seu mundo é divertido, profundo e admirável; um grande artista mergulhado numa pesquisa que não estagna. Eu o conheço: o diálogo com ele me interessa. Os outros universos presentes não me dizem respeito. Um artista de rua bem intencionado e mal informado só me reafirma Stanislavsky - o qual ele, possivelmente, nunca leu mas pode superar diante de um espelho tal qual Narciso enamorado diante de um lago.
    Não faço questão de ser inteligente ou acertar. Alías, por vezes prefiro ser burro mesmo. Tem hora que eu prefiro errar, fazer pior, desafinar, desafiar o certo deixando o errado acontecer.
    "Ame-me ou deixe-me em paz" nos diz Arnaldo Baptista em uma composição. Resumindo, é assim que eu penso - e realmente não é nada demais; é apenas meu mundo. Um pedaço de terra medida, mas onde me sinto feliz. Mediocremente feliz.
    "Ora! Deixai fumar meu charuto!"

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  11. Clara, existem as duas grafias para Stanislavsky. Eu mesmo gosto do "y" ao final do nome. Como se escreve o nome não importa tanta quanto entender seus ensinamentos e ampliar os limites artisticos através deles.
    Bjs

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  12. Respeito sua opinião a respeito do discutido. Como disse, sucesso na estréia e sempre!
    Abraços,
    Pam

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